Quem criou a matemática?

A Matemática, tal como a conhecemos atualmente, teve sua gênese no Antigo Egito e no Império Babilônico, aproximadamente em 3500 a.C.

No entanto, desde a pré-história, os seres humanos já aplicavam os princípios de contagem e mensuração.

Assim, a matemática não pode ser atribuída a um único inventor, mas sim originou-se das necessidades humanas de quantificar e avaliar objetos.

Qual é a origem da matemática?
A matemática emerge da interação entre o ser humano e a natureza.

Nos tempos pré-históricos, os primevos seres humanos precisavam calcular distâncias entre fontes de água ou avaliar se seriam capazes de caçar um animal, entre outras necessidades.

Posteriormente, quando se estabeleceram em comunidades sedentárias, tornou-se crucial estimar a quantidade de alimentos necessária para subsistência. Além disso, entender os ciclos das estações do ano era vital para determinar os períodos adequados de plantio e colheita.

Dessa maneira, percebemos que a matemática está intrinsicamente ligada à própria existência humana.

Origens da Matemática

No contexto ocidental, a Matemática teve seu surgimento registrado no Antigo Egito e no Império Babilônico, cerca de 3500 a.C.

Ambas as civilizações desenvolveram sistemas de contagem e medição para propósitos como tributação, organização agrícola, construção civil, entre outros.

Outros povos, como os incas e os astecas na América, também desenvolveram sistemas de contagem avançados com objetivos similares.

A Matemática no Antigo Egito

A civilização egípcia estava profundamente ligada ao rio Nilo, cujas cheias eram vitais para sua subsistência.

Desse modo, os egípcios desenvolveram métodos para determinar a extensão das terras inundadas, utilizando unidades de medida baseadas em partes do corpo humano, como pés, antebraços e braços.

Além disso, eles criaram um sistema de escrita onde cada símbolo representava 10 ou múltiplos de 10, correspondendo aos dedos das mãos humanas.

Abaixo, é possível observar o sistema numérico egípcio:

numero egípcio

Os antigos egípcios utilizaram a matemática para estudar os movimentos celestes e elaborar o calendário que ainda é utilizado no mundo ocidental.

Baseando-se nos movimentos do Sol e da Terra, eles dividiram o ano em doze meses ou 365 dias, estabelecendo também que um dia tem aproximadamente vinte e quatro horas.

Matemática na Babilônia

O desenvolvimento da matemática na Babilônia está relacionado à necessidade de gerenciar a arrecadação de impostos.

Diferentemente dos egípcios, os babilônios não adotaram o sistema decimal, pois sua contagem não se limitava aos dedos das mãos. Eles utilizavam as falanges da mão direita e prosseguiam a contagem na mão esquerda, contabilizando até 60.

Esse sistema, conhecido como sexagesimal, é a origem da divisão das horas e dos minutos em 60 partes. Até hoje, um minuto é dividido em 60 segundos e uma hora em 60 minutos.

Além disso, os babilônios desenvolveram um sistema de numeração cuneiforme, registrando os símbolos em tábuas de argila.

A tabela abaixo apresenta os números babilônicos:

números babilônicos

Matemática na Antiga Grécia

O estudo da matemática na Grécia Antiga abrange o período entre o século VI a.C. e o século V d.C.

Os gregos utilizaram a matemática tanto para aplicações práticas quanto filosóficas. De fato, o conhecimento matemático, especialmente em geometria, era considerado um requisito essencial para o estudo da filosofia.

Eles investigaram a natureza dos números, classificando-os em categorias como pares e ímpares, primos e compostos, além de explorarem conceitos como números amigos e números figurados.

Dessa forma, os gregos elevaram a matemática a uma ciência com teorias e princípios estabelecidos. Muitos dos conceitos desenvolvidos por matemáticos gregos, como o Teorema de Pitágoras e o Teorema de Tales, continuam sendo ensinados até hoje.

Matemática na Antiga Roma

Os romanos incorporaram as descobertas matemáticas dos gregos em diversas áreas, como na construção de aquedutos, na extensa rede de estradas e no sistema de tributação.

Os números romanos eram representados por letras e seu método de multiplicação facilitava cálculos mentais. Atualmente, os números romanos são ainda utilizados em capítulos de livros e para denotar séculos.

Abaixo, segue uma tabela com os algarismos romanos e suas respectivas equivalências:

algarismos romanos

Matemática na Idade Média

Durante o período conhecido como a Alta Idade Média, a matemática foi frequentemente associada à superstição e não recebeu o reconhecimento que merecia por parte dos estudiosos.

No entanto, essa perspectiva começou a mudar a partir do século XI. Assim, longe de ser uma “idade das trevas”, este período testemunhou a continuidade da produção de conhecimento matemático.

Um dos matemáticos mais proeminentes foi Al-Khowârizmî, do Uzbequistão, que traduziu obras matemáticas hindus para a Casa da Sabedoria em Bagdá. Seus escritos contribuíram para a popularização dos números como os conhecemos hoje entre os árabes.

Acredita-se que os comerciantes árabes tenham introduzido esses conceitos aos europeus por meio de suas atividades comerciais.

Idade Moderna

Na Idade Moderna, os símbolos de adição e subtração foram formalizados, como descrito no livro “Aritmética Comercial” de João Widman d’Eger, publicado em 1489.

Antes disso, as adições eram indicadas pela palavra latina “plus”, enquanto a subtração era representada pela palavra “minus” e posteriormente abreviada para “mus” com um traço sobre ela.

A matemática acompanhou as mudanças que ocorreram nas ciências durante o período da Revolução Científica.

Um dos grandes avanços foi a invenção da calculadora pelo francês Blaise Pascal. Além disso, ele contribuiu para a geometria com seu “Tratado do Triângulo Aritmético” e para a física com o “Princípio de Pascal”, que descreve a lei das pressões em um líquido.

Da mesma forma, o francês René Descartes aprofundou o estudo da geometria e do método científico. Suas ideias foram apresentadas no livro “Discurso do Método”, onde defendia o uso da razão e da prova matemática para explicar os fenômenos naturais.

Por sua vez, o inglês Isaac Newton formulou a lei da gravidade usando conceitos matemáticos e geométricos. Suas contribuições consolidaram o modelo heliocêntrico e suas leis são estudadas até hoje como as Leis de Newton.

Matemática na Idade Contemporânea

Com a Revolução Industrial, a matemática experimentou um extraordinário desenvolvimento.

As indústrias e as universidades tornaram-se locais férteis para o estudo de novos teoremas e inovações de todo tipo.

Na álgebra, os matemáticos se dedicaram ao desenvolvimento de técnicas para resolver equações, quatérnios, grupos de permutações e grupos abstratos.

No século XX, as teorias de Albert Einstein redefiniram os fundamentos da física. Isso apresentou aos matemáticos novos desafios para expressar em termos numéricos as ideias deste genial cientista.

A teoria da relatividade introduziu uma nova compreensão do espaço, do tempo e da natureza humana.

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